O exemplo das flores

As flores atraem. Algo nelas capta a atenção dos humanos e de outros animais. A cor, o cheiro e a forma revelam a composição de uma estrutura feita para conquistar.

Outro atributo das flores é a efemeridade. Por detalhe divino ou seleção natural (escolho o primeiro!), as flores têm pouco tempo para cumprir na terra o seu propósito. Daí a intensidade da flor em viver belamente a vida.

Corresponder àquilo para o que foi criada faz da flor um exemplo à razão e um desafio à fé.

A flor trabalha no processo de reprodução da planta e por realizar a função com atraente devoção ganhou a admiração dos humanos.

Jesus Cristo exalta o valor de uma flor de lírio. O elogio está registrado no evangelho de Mateus, capítulo 6, dos versículos vinte e cinco a trinta e quatro. Na passagem, a flor de lírio é modelo de beleza, pois segue fielmente seu papel na criação, enquanto o padrão de glória humana, representado na pessoa do rei Salomão, corrompe-se na vaidade.

Viver sob a direção dos objetivos de Deus revela a verdadeira beleza que atrai. A comparação do texto bíblico acontece também para mostrar a efemeridade da trajetória humana.

Assim como a flor, o homem vive pouco tempo. A diferença está no fato de que o homem adia o cumprimento de sua tarefa na terra, enquanto a flor vive intensamente sua condição e por causa disso serve de exemplo bíblico, inspiração poética, e até mesmo vela o último sono dos homens.

Para a humanidade, a falta de compromisso em viver para Deus resulta em frustração, desarmonia e inveja. Muitos problemas poderiam ser solucionados se o homem compreendesse sua missão de servir a Deus e olhasse para o exemplo das flores.